Em Frankfurt, as reviravoltas da história

SILVIO CIOFFI – ENVIADO ESPECIAL À ALEMANHA

Curiosamente, o tempo do maior intelectual alemão Johann Wolfgang von Goethe, que nasceu em uma casa no bairro de Innestadt, em 1749, também foi a época em que viveu o fundador de uma dinastia de banqueiros e comerciantes, o judeu-alemão Mayer Amselm Rothschild (1743-1812).

Coetânio de Goethe, esse primeiro Rothschild deu origem aos chamados “cinco frankfurters”, filhos seus que fundaram bancos e casas comerciais em Londres, Paris, Nápoles e Viena.

Décadas depois, em 1898, Frankfurt já contava com 290 mil habitantes e teve que derrubar casas para implantar as suas linhas de bonde.

Arruinada durante por bombardeios Aliados durante a Segunda Guerra (1939-1945), a metrópole foi meticulosamente reconstruída e reencontrou seu caminho com a prosperidade, vocacionada que sempre foi para ser centro financeiro e cultural.

Nas duas margens do rio Meno –ou Main–, uma constelação de museus convidam o visitante.

O principal talvez seja o museu Städel (link), onde, entre quadros de todos os principais mestres da pintura, está exposto o óleo “Goethe na Campânia” (1787), de Johann Heinrich Tischbein, que alude ao grande intelectual e político alemão recostado e apreciando a paisagem durante a sua célebre viagem à Itália.

Outra atração é a Torre da Feira, projeto do arquiteto Helmut Jahn, cuja construção teve início em 1988.

Diante dele, há um exemplar da gigantesca escultura cinética “The Hammering Man” (ou, o homem martelando), de Jonathan Borofsky.

Simbolizando os trabalhadores de todo o mundo, a obra tem 21,5 metros de altura e pesa 32 toneladas.

Histórico, o Jardim Botânico e arboreto de Frankfurt ocupa uma área de 22 hectares que compreende jardins, lagos e estufas de plantas e cuja fundação se deve à figura do rei dos romano e da Germânia Adolfo de Nassau (c.1255-1298) 

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