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Jaú tem casarões ecléticos do apogeu do café

SILVIO CIOFFI — ENVIADO ESPECIAL A JAÚ (SP)

Cidade histórica aprazível distante 296 km de São Paulo, Jaú é destino de turismo ideal para quem busca conhecer o esplendor arquitetônico herdado da época do café.

Nas ruas do seu agradável centro comercial, convivem casarões aristocráticos do século 19, a grande igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio (1901) e até um monumento alusivo à terceira travessia do Atlântico Sul liderada pelo piloto João Ribeiro de Barros em 1927.

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No alto, casarão em estilo eclético no centro histórico de Jaú e, acima, a igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio (1901) ao anoitecer (Fotos Silvio Cioffi-V!VA)

CAPITAL DA TERRA ROXA
Um relatório de época, da The Rio Claro Railway, explica o porquê da riqueza de Jaú nos primórdios de sua existência. “Jaú foi o município que liderou os embarques de café para o porto de Santos, no litoral paulista, desde 1897, gerando para a companhia ferroviária a maior renda de carga entre os principais municípios produtores”.

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Outra casarão que mescla vários estilos no centro histórico (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Frontão com iniciais em edifício europeizado (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Prédio com terraço e arquitetura que remete à Bélle-Époque (Foto Silvio Cioffi-V!VA)

Dez anos depois, em 1907, Jaú era o maior produtor cafeeiro da Zona Paulista e, essa pujança que se refletia nos modos e nas modas aristocráticas da cidade, duraria até 1929, ano da quebra da Bolsa de Valores de Nova York.

ORIGEM DA CIDADE
Na porção central do Estado de São Paulo, Jaú é uma cidade cuja história remete à época dos bandeirantes que, dizem relatos, pescavam um peixe chamado jaú nos rios dessa região.

Berço de famílias tradicionais paulistas, Jaú —cujo nome se grafava Jahu— foi originalmente fundada em 1853. O povoado original, de 40 alqueires, foi objeto de uma doação de fazendeiros abastados e foi erigido na margem do rio Jaú.

Elevada à categoria de município em 1889, a cidade contava com 36 mil habitantes em 1900 —hoje, em sua área urbana, vivem cerca de 110 mil pessoas.

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Estátuas encimam casarões da era do apogeu da cafeicultura (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Piso de formas geométricas no estilo Art-Déco em calçada (Foto Silvio Cioffi-V!VA)

Dessa época até 1929, quando o império do café solapou no bojo de uma crise econômica mundial, o centro histórico jauense conta com mais de 400 prédios históricos.

Assentada a 541 metros de altitude, com temperaturas que ultrapassam os 28 graus Celsius no verão, a cidade é pontilhada de praças aprazíveis, tem árvores frondosas e, banhada pelos rios Tietê —e seus afluentes rio Ave Maria e rio Jaú— se beneficia economicamente da atividade da hidrovia Tietê-Paraná e seu intermodal ferroviário. Da capital paulista até Jaú, as estradas são excepcionalmente boas, mas os pedágios são muitos e são salgados.

DICAS DE HOTÉIS:
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