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De pop a raridade, o Depression Glass virou relíquia colecionável

DA REDAÇÃO DO V!VA

Azul cobalto, verdinho fosforescente, cristalino, milk glass (leitoso), rosa claro, amarelo pálido. As cores dos vidros norte-americanos colecionáveis, genericamente chamados de Depression Glasses, são um colírio para os olhos. Da mesma época, os Elegant Glasses, muito parecidos, também se valorizaram nos últimos anos.

Há poucos objetos desse tipo no Brasil, raramente tivemos norte-americanos mudando para cá no século 20. Nos EUA, entretanto, colecionar esses objetos e moda entre os caçadores de relíquias —e diversos grupos no Facebook comentam os “achados”.

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No alto, mini jarra e tigela de vidro na cor azul cobalto e, acima, vasinho cristalino Elegant Glass com trabalho de filigrana em baixo relevo (Fotos Silvio Cioffi-V!VA)

ORIGEM INUSITADA
O curioso é que o Depression Glass surgiu numa época de crise. Com a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, teve início a Grande Depressão, cujo ápice ocorreria em 1933, e com consequências, como desemprego em massa, duraram até o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Já em 1930, o governo federal dos EUA baixou uma lei alfandegária que aumentou as tarifas dos impostos de 20 mil itens não-perecíveis, tornando proibitiva a importação de louças e objetos decorativos da Europa.

Curiosamente, empresas como Cameo, Mayfair, Princess, American Sweetheart, Lancaster, Cambridge, Fosforia, Fenton, Hazel-Atlas, Anchor Hocking, Jennette, Lotus e Royal Lace, entre outras, deram início à produção em massa de objetos de vidro moldados, de baixo custo de produção, mas muito úteis, arrojados no design, delicados e de rara beleza.

Cada empresa desenvolveu características próprias —e esses vidros, feitos à máquina, difíceis de quebrar e de riscar, viraram comuns nas casas nos EUA e no Canadá.

A maioria das empresas produtoras se localizava no Estado de Ohio, onde a matéria-prima para fazer vidro prensado era abundante e barata. Ao todo, nos EUA, mais de 20 fábricas colocaram no mercado, no início dos anos 1930, mais de uma centena de padrões e coleções diferentes.

Hoje, garimpando bem em feirinhas e em antiquários modestos nos EUA, há como adquirir objetos dessa era por um punhado de dólares.

Confira nas imagens algumas das cores e dos formatos de objetos —já antigos!— da era do Depression Glass e considere começar uma coleção de vidros alegres, com preços ainda acessíveis e que podem ser usados para decoração ou à mesa no seu dia a dia. (SILVIO CIOFFI)

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Mini fruteira rosa e taça de doce verdinha da era Depression Glass (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Tacinhas com monograma da marca Fosforia, dos anos 1920 (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Pequena travessa Depression Glass na cor verde-pálido (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Detalhe de filigrana em baixo relevo de vidro dos anos 1930 (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Fruteira com alça e “engranvings” florais feitos à mão (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Copo americano com incisões artísticas do final dos anos 1920 (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Conjunto para leite e cubos de açúcar na cor rosa “cramberry” (Foto Silvio Cioffi-V!VA)
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Dois copinhos rosados na medida do nosso “copo americano” (Foto Silvio Cioffi-V!VA)

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